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CRYSTAL: A SUPERDROGA DE DESTRUIÇÃO MACIÇA E AS MEDIDAS PREVENTIVAS PREVISTAS NA LEI 11.343/06
Jeferson Botelho
é Professor de Direito Penal e Processo Penal. Pos-Graduado em Direito
Penal e Processo Penal pela FADIVALE, Doutorando em Ciências Jurídicas e
Sociais pela Universidad Del Museo Social Argentino – Buenos Aires –
Argentina, Delegado de Polícia de Nível Especial – Titular da Divisão de
Tóxicos e Entorpecentes em Teófilo Otoni-MG.
A droga é uma pandemia que destrói, aniquila, inunda
de seqüelas aos consumidores e que assusta o mundo inteiro. Perigo
iminente para as atuais e futuras gerações. Um mal que necessita de
políticas públicas para vencê-lo. É preciso reunir um grupo de homens de
caráter e comprometidos com o bem-estar da humanidade, para lutar de
forma destemida em defesa da vida. É verdade que enquanto especialistas
sérios discutem medidas preventivas, profiláticas, ao tráfico e uso
ilícitos de drogas, algumas pessoas de comportamento adverso ao
crescimento social participam de reuniões na ONU para a
descriminalização da maconha e outras organizam a chamada “Marcha da
maconha” em meio a decisões judiciais contrárias.
Neste ensaio, não pretendemos falar de maconha, de cocaína, de crack, de paco, nem de outra droga. O assunto é a crystal. Crystal é uma droga antiga, com grande poder de destruição, mas pouco conhecida no Brasil.
Trata-se de um estimulante feito de uma anfetamina
superpoderosa, contendo na sua fabricação, substâncias químicas
industriais e produtos de limpeza. Quando misturada a outras
substâncias, que a torna mais barata, é chamada de manivela.
É conhecida por gelo, vidro, cristina, tina, crank,
ice, speed e cocaína do operário. También es conocido como “crank”, o
“met”, por ser una metanfetamina; es una sustancia que se produce
fácilmente en laboratorios clandestinos que no requiere de mucho dinero o
de gran tecnología para su elaboración, y por ello se produce en
garajes y casas desocupadas o desmanteladas. El “cristal” ha llegado a
ser una sustancia de abuso por la población adolescente y por adultos
jóvenes en el suroeste de Estados Unidos. Las manifestaciones clínicas
más aparentes por el uso de este psicotrópico, aparte de las que se
consignan por abuso de anfetaminas, son las siguientes: irritabilidad,
nerviosismo, variaciones en el estado de ánimo, depresión, miedo
injustificado, suspicacia, pérdida de peso y trastornos del sueño.
A droga na forma de cristal pode ser fumada em
cachimbos de plásticos, na forma de pó é geralmente cheirada, mas pode
ser misturada em água e injetada. Pode ser injetada no ânus por uma
seringa sem agulha.
Sabe-se que a anfetamina foi sintetizada em
laboratórios pela primeira vez na Alemanha, em 1887. Em 1920 seu efeito
psico-estimulante foi reconhecido e seu uso médico farmacêutico foi
autorizado pelos EUA. Na segunda Guerra Mundial a anfetamina foi
utilizada para dar mais energia e manter os soldados em estado máximo de
alerta. Especialistas acreditam que a droga é a mais poderosa que
existe no mercado nos dias atuais, um perigo que se alastra como uma
praga. É mais barata que a cocaína e dez vezes mais forte, sendo que os
efeitos duram até dez horas. É mais viciante que a heroína e mais
destrutiva que o crack.
A droga passa pelo sistema nervoso central, o coração
bate mais forte, a pressão sanguínea aumenta. Provoca sentimento de
autoconfiança, as pupilas se dilatam, a respiração fica ofegante, e o
usuário fica com a fala atropelada, entra num estado de euforia, o corpo
libera grande quantidade de energia. Ao término do efeito, o usuário
sente depressão, inquietação, alucinações, nervosismo e paranóia,
podendo levar ao suicídio. É quase impossível evitar a próxima dose.
A sensação de euforia e o aumento do desejo sexual,
produzidos pelas doses de dopamina liberadas no cérebro, estimulada pela
metanfetamina, dão lugar a pânico, alucinações, agressividade,
convulsões, falta de apetite, risco de derrame, colapso cardiovascular,
corrosão de dentes e gengivas.
A droga está aliada a outro problema grave: o aumento do número de casos de Aids. É uma droga que libera a libido e estimula o usuário a ter inúmeras relações numa mesma noite, e na maioria das vezes, sem nenhum tipo de proteção, sendo que nos Estados Unidos, as maiores vítimas do Crystal são os homossexuais. Quem experimenta o cristal, entra em estado de euforia e hipersexualidade.
A droga está aliada a outro problema grave: o aumento do número de casos de Aids. É uma droga que libera a libido e estimula o usuário a ter inúmeras relações numa mesma noite, e na maioria das vezes, sem nenhum tipo de proteção, sendo que nos Estados Unidos, as maiores vítimas do Crystal são os homossexuais. Quem experimenta o cristal, entra em estado de euforia e hipersexualidade.
Tem sido comuns os danos causados aos órgãos sexuais
pelo excesso de atrito ou exagero no tamanho dos brinquedos sexuais
utilizados. Há registro de um estudante universitário que usava cocaína e
resolveu fumar o cristal para se masturbar. A excitação foi tamanha e
duradoura que só depois de 16 horas, quando o efeito diminuiu, ele
percebeu que havia machucado a pele do pênis e estava sangrando. Teve
que ser socorrido ao hospital.
A conscientização tem sido a principal arma da
polícia americana. Tudo que se sabe sobre a droga, logo é repassado à
polícia de várias partes do mundo, para evitar que o cristal chegue a
outros países.
Não obstante, há registros de apreensões no Brasil, embora em número pequeno. Em abril do ano passado, a Polícia apreendeu um adolescente que transportava LSD, ecstasy e cristal de Foz do Iguaçu para Belo Horizonte.
A taxa de mortalidade por overdose de cristal nos EUA está elevadíssima. Pelos transtornos e dores que vem causando, a cristal vem sendo chamada de a Maligna.
Não obstante, há registros de apreensões no Brasil, embora em número pequeno. Em abril do ano passado, a Polícia apreendeu um adolescente que transportava LSD, ecstasy e cristal de Foz do Iguaçu para Belo Horizonte.
A taxa de mortalidade por overdose de cristal nos EUA está elevadíssima. Pelos transtornos e dores que vem causando, a cristal vem sendo chamada de a Maligna.
A educação é a melhor arma para a prevenção. A Lei
11.343/2006 possui um capítulo destinado tão-somente à medidas
preventivas, e reconhece o uso indevido de drogas como fator de
interferência na qualidade de vida do indivíduo, catalogando como
princípios o fortalecimento da autonomia e da responsabilidade
individual em relação ao uso indevido de drogas, o compartilhamento de
responsabilidade, a adoção de estratégias preventivas diferenciadas e
adequadas às especificidades socioculturais das diversas populações, o
estabelecimento de políticas de formação continuada na área da prevenção
do uso indevido de drogas para profissionais de educação nos três
níveis de ensino e outros correlatos. Por isso, concito a todos a
contribuir para a formação de um escudo protetor da sociedade.
Conscientize alguém a dizer não a drogas, esse mundo falso e imaginário.
Assim, estará contribuindo para a construção de uma sociedade livre,
sadia, inteligente e saudável.
Referências bibliográficas:
CURTI, Maria Luiza, O falso brilho do cristal – Anfetamina e Metanfetamina.
EPOCA, edição 434, 06/09/2006;
Programa Domingo Espetacular, exibido em 12/02/2006, www.rederecord.com.br, acesso em 28/04/09;
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