AGENTE CORACI

sábado, 31 de agosto de 2013

Agente é baleado durante fuga


Homens em motos balearam um agente e deram coronhadas em outro funcionário da Fundação Casa; 4 menores foram recapturados

Agente foi socorrido no Hospital Universitário / Edison Temoteo/Futura Press/FolhapressAgente foi socorrido no Hospital UniversitárioEdison Temoteo/Futura Press/Folhapress

Um funcionário da Fundação Casa acabou baleado durante uma fuga de internos na zona oeste de São Paulo. O fato ocorreu por volta das 20h30 dessa sexta-feira, no Jardim Arpoador.

Divididos em dois furgões, cinco funcionários da Fundação Casa Jatobá transportavam cinco internos. Foi então que os menores simularam uma briga e se machucaram propositalmente.

Ao serem levados para o pronto-socorro do Hospital Universitário, um dos adolescentes conseguiu fugir por um portão que dá acesso à Favela São Remo. Dois agentes correram atrás dele, mas não conseguiram alcançá-lo.

Quando retornavam ao hospital, os agentes foram abordados por homens em motos. Em seguida, os suspeitos amarraram uma das vítimas pela blusa e a levaram até uma viela, onde a agrediram com coronhadas – a outra foi baleada de raspão no braço.

Os dois agentes da Fundação Casa foram socorridos no mesmo hospital e liberados depois de medicados. Os outros quatro adolescentes foram recuperados e levados ao 91º Distrito Policial, do CEAGESP, onde o caso foi registrado – eles retornariam ao centro socioeducativo após prestarem depoimento.

De acordo com o Sindicato dos Funcionários da Fundação Casa, os agentes feridos foram contratados há apenas três meses e, por isso, não possuem muita experiência na função.

RESPOSTA DA SEDS QUESTIONAMENTO DO SINDASP SOBRE RUMORES DE CANCELAMENTO DO CONCUSO PÚBLICO.


Prezado Adeilton, bom dia!

Houve realmente algumas manifestação contrárias ao concurso público para a carreira de Agente de Segurança Penitenciário. A razão do pedido de anulação do edital se refere a falta de vagas para pessoas com deficiência.

Informamos que a SEDS não foi notificada e que não conhece o objeto da ação civil pública, mas esclarece que o edital foi preparado segundo normas sempre adotadas. O concurso já caminha para a fase final.

Att.,

Janaíssa Luiza Del Bisoni
Superintendente de Recursos Humanos
Subsecretaria de Inovação e Logística do Sistema de Defesa Social



"O vídeo é antigo", diz diretor do Deap sobre detentos com acesso ao Facebook

Diogo Vargas  |  diogo.vargas@diario.com.br
A direção do Departamento de Administração Prisional (Deap) disse que o vídeo divulgado pelo Facebook com detentos do Presídio Regional de Blumenau é antigo, feito no mês de março, e que toda a situação foi devidamente apurada.
O diretor do Deap, Leandro Lima, garantiu que o sistema prisional identificou ainda naquele mês o vídeo e que conseguiu chegar aos autores depois de revista nas celas.
— Na época fizemos operação pente fino no Presídio e recolhemos os celulares. Esses presos foram identificados e demos os encaminhamentos judiciais ao caso — comentou na noite desta sexta-feira.
Ele reconheceu a dificuldade em evitar a utilização de telefones celulares no Presídio de Blumenau em razão da estrutura antiga do prédio e a localização urbana, o que impede o uso dos bloqueadores, pois geraria grande transtorno à comunidade próxima.
— É por esses motivos que vamos construir uma nova cadeia em Blumenau e desativar a atual. O problema é que até agora cinco terrenos foram observados e nenhum deles foi aprovado por algum impedimento — ilustrou Leandro sobre o atraso no começo da obra, que tem apoio de prefeitos da região.


Confira o vídeo:
JORNAL DE SANTA CATARINA

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

CONVOCAÇÃO PROJETO DE LEI 4040 /2013, QUE REGULAMENTA O PORTE DE ARMA DO AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA NO ÂMBITO ESTADUAL.

Convocação Geral
Informamos á todos os Agentes de Segurança Penitenciários que a Audiência na Comissão de Segurança Publica, teve sua data marcada:
DIA 03/09/2013 AS 09h00 HORAS NO PLENARINHO 01 DA ALMG.
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A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado debaterá a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 308/2004

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado debaterá na segunda-feira (2), às 9h, a situação do sistema prisional brasileiro. Entre os temas que devem ser discutidos está a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 308/2004, que cria as polícias penitenciárias federal e estaduais. A matéria, defendida pelos sindicados de servidores penitenciários, é criticada por entidades como a Pastoral Carcerária, ligada à Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
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A PEC aguarda votação no Plenário da Câmara dos Deputados antes de seguir para o Senado. Para a Pastoral, embora seja importante a regulamentação nacional do salário, da carga horária e de outras condições de trabalho – reivindicações dos servidores do sistema prisional brasileiro -, essa reforma pode e deve ser feita sem que mais um órgão policial seja criado.
No entendimento da Pastoral, expresso em carta enviada aos parlamentares, o dever de custodiar é incompatível com o de investigar e a instituição de uma polícia penitenciária dificultaria ainda mais a transparência e o controle externo em um sistema prisional que já sofre de “problemas endêmicos de corrupção, violência e violação de direitos”.
A audiência requerida pelo senador Paulo Paim (PT-RS) reunirá debatedores da Federação Nacional Sindical dos Servidores Penitenciários; da Polícia Militar; do Ministério da Justiça; da Secretaria de Direitos Humanos e da Pastoral Carcerária.

Agência Senado

Deputados decidiram manter o mandato de um presidiário condenado a 13 anos e 4 meses de prisão

http://veja.abril

Parlamentares afrontam o Supremo Tribunal Federal e, em votação secreta, mantêm o mandato de Natan Donadon, condenado a 13 anos e 4 meses de prisão; presidente Henrique Alves afastou Donadon e convocou o suplente

Gabriel Castro, de Brasília
A Câmara dos Deputados ultrapassou, nesta quarta-feira, 28, todos os limites do ultraje. Numa decisão sem precedentes, mesmo para uma Casa acostumada a sucessivos escândalos, os deputados decidiram manter o mandato de um presidiário condenado a 13 anos e 4 meses de prisão. Natan Donadon (sem partido-RO), que respondia a um processo de cassação, escapou da perda de mandato porque não foi atingido o número de 257 votos necessários para a cassação. Foram 233 votos a favor, 131 contra e 41 abstenções. O alto número de ausências (108 parlamentares, de 513, simplesmente não votaram) também contribuiu para o vexame.
Por causa do voto secreto, nunca se saberá quais foram os parlamentares que ajudaram a construir o resultado inadmissível. Na tribuna do plenário, só se ouviram discursos a favor da punição do parlamentar, condenado por peculato e formação de quadrilha. A palavra constrangimento foi a mais repetida pelos deputados em seus discursos. Mas, em decisão inédita, a Câmara criou o primeiro deputado encarcerado do Brasil. Donadon passa a ser um preso com mandato: ele não tem direitos políticos, mas continua deputado. No final, faltaram parlamentares com coragem, ética e respeito pelo povo.
Assim que o resultado foi comunicado, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou que estava afastando Donadon do exercício do mandato. Alves convocou o suplente, Amir Lando (PMDB-RO), para tomar posse a partir desta quinta-feira. A atitude do presidente, na prática, retira de Donadon o direito a salário, benefícios parlamentares ou contratação de assessores. A decisão deve ser questionada pela defesa do parlamentar-presidiário. 
“Uma vez que, em razão do cumprimento da pena em regime fechado, o deputado Natan Donadon encontra-se impossibilitado de desempenhar as suas funções, considero-o afastado do exercício do mandato e determino a convocação imediata do suplente”, anunciou Alves.
Traição - Parlamentares de várias legendas se pronunciaram, em meio a um plenário esvaziado, após a decisão. "Isso foi uma traição enorme não só ao parlamento, mas à população", afirmou Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM. "É uma irresponsabilidade o que a Câmara acaba de fazer", criticou Rubens Bueno (PR), líder do PPS.
Depois da decisão, Donadon - que teve autorização judicial para comparecer à Câmara - ajoelhou-se e agradeceu aos céus. Em seguida, ele embarcou imediatamente em um camburão e seguiu para o presídio da Papuda, que é o seu lar há exatos dois meses.  O ex-peemedebista cumpre, desde 28 de junho, pena de prisão. A decisão foi tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que esgotou todos os recursos possíveis à defesa do político. O ex-parlamentar foi considerado culpado por peculato e formação de quadrilha. 
Antes do fim da sessão, o presidente Eduardo Alves anunciou que, antes de colocar em votação qualquer novo processo de cassação, vai aguardar a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que extingue o voto secreto. "Não colocarei mais nenhum processo de cassação sob voto secreto nesta casa", disse ele. Henrique percebeu o risco de absolvição já no início do processo de votação.
Histórico - Eram necessários 257 votos (a maioria dos 513 deputados) a favor da cassação para que a punição se concretizasse. Mas o número de parlamentares que registraram o voto ficou abaixo do esperado: na primeira hora de uma votação que deveria ser rápida, menos de 400 participaram do processo de decisão - apesar de 469 deles terem ingressado na Câmara nesta quarta-feira. Temendo mais um episódio vergonhoso para a Casa, com a eventual absolvição de Donadon, o presidente Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) não quis arcar sozinho com o risco e anunciou que esperaria até as 23 horas para que os parlamentares ausentes comparecessem e registrassem seu voto. A sessão teve início antes das 20 horas, mas o quórum baixo se manteve, o que beneficiou Donadon.
Antes da votação final, a Câmara viveu um dos momentos mais constrangedores dos últimos tempos: o deputado chegou à Casa algemado - e escondido da imprensa. No dia em que completava dois meses de encarceramento no Presídio da Papuda, ele adentrou o plenário de terno, usando o broche de deputado, como qualquer outro detentor de mandato. Foi cumprimentado por alguns colegas. Entre eles, Sérgio Moraes (PTB-RS), aquele que certa vez disse estar "se lixando" para a opinião pública, e Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB.
Mensaleiros - A decisão também abre precedente para decisões favoráveis aos mensaleiros: hoje, quatro parlamentares condenados no processo do mensalão exercem o mandato, enquanto aguardam o fim da análise dos embargos pelo Supremo Tribunal Federal. José Genoino (PT-SP), João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP) saem vencedores com a decisão pró-Donadon. Os quatro, aliás, se ausentaram na votação desta quarta-feira. A lista de ausentes também incluiu Paulo Maluf (PP-SP) e Jaqueline Roriz (PMN-DF).


Os deputados cassados desde a redemocratização

1 de 17

Pedro Corrêa (PP-PE) - 2006


O parlamentar pernambucano foi um dos três deputados cassados por participação no escândalo do mensalão. Ficou provado que ele ordenou que um assessor sacasse 700.000 depositados pelo publicitário Marcos Valério. Corrêa, que era presidente do partido, embolsou o dinheiro após prometer apoio ao governo Lula.  Em 2012, o ex-deputado acabou condenado à prisão pelo Supremo Tribunal Federal, mas ainda não começou a cumprir a pena.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

AL aprova regulamentação da função armada dos agentes penitenciários

http://www.expressomt.com.br


Crédito: Reprodução
 deputados estaduais aprovaram em segunda votação durante a sessão noturna desta quarta-feira (28), o projeto que promove alterações na lei de carreira do sistema penitenciário. Entre as principais mudanças, está a permissão para os agentes prisionais portarem arma fora do ambiente de trabalho.
As alterações atendem a categoria, que reivindicava a regulamentação da função armada, mas não concordava com a proposta encaminhada pelo Poder Executivo. Em função disso, o deputado estadual José Riva (PSD) pediu vistas ao projeto e intermediou o entendimento entre o governo do Estado e o Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Estado de Mato Grosso (Sindispen).
“Devemos ressaltar a importância da discussão. Os servidores nos procuraram defendendo alterações no projeto. Buscamos diálogo e fomos prontamente atendidos pelo secretário de Justiça e Direitos Humanos, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho, que constituiu uma comissão com membros da pasta, da categoria, onde houve o entendimento”, pontuou.
Após o entendimento, o deputado Riva apresentou três emendas modificativas que foram acatadas e aprovadas juntamente com o projeto.  “É uma categoria que foi muito penalizada e que tem uma função importantíssima no Estado, pois atua com presos de alta periculosidade. Seria uma injustiça, o cidadão que exerce a profissão no sistema carcerário de Mato Grosso, não ter o porte de arma fora do local de trabalho. A Assembleia Legislativa faz justiça em aprovar este projeto”, afirmou.
De acordo com o presidente do Sindspen, João Batista Pereira de Souza, a função armada em serviço ocorria de forma precária e sem regulamentação. “A primeira mensagem não atendia a contento, por isso entramos em contato com o deputado Riva que abriu a negociação e houve a alteração, atendendo a categoria. Foi trabalhado o aspecto legal da função armada institucional e fora do horário de trabalho para resguardar a segurança dos servidores”.
REGULAMENTAÇÃO – O Projeto de Lei Complementar 24/2013 aprovado nesta quinta-feira altera a lei complementar nº 389, de 31 de março de 2010, com o objetivo de aperfeiçoar as atribuições e remuneração da carreira dos profissionais do sistema penitenciário.
A primeira emenda apresentada por Riva trata das atribuições de operações especializadas. “Serão restritas aos agentes penitenciários certificados no curso de operações penitenciárias especializadas e serão regulamentadas por ato do secretário-adjunto de Administração Penitenciária”, diz trecho do documento.
A regulamentação da função armada dos agentes penitenciários é mencionada na emenda nº 2 do parlamentar. “O servidor Agente Penitenciário do Sistema Penitenciário terá direito a portar arma de fogo institucional, mesmo fora do serviço, desde que acompanhado do termo de cautela ou ordem de serviço, expedido pela autoridade competente, bem como portar arma particular desde que acompanhada do certificado de registro, em nome do portador, devidamente expedido pelo departamento de Polícia Federal, observando sempre sua validade, cujas características, critérios e procedimentos ficam vinculados ao cumprimento dos requisitos constantes na Lei Federal”
A autorização para o porte de arma no Estado será impressa na carteira de identidade funcional dos agentes penitenciários. Além disso, os profissionais ficarão responsáveis pela guarda, conservação e manutenção do armamento, estando sujeito a sanções administrativas, cíveis e criminais. Os procedimentos para o porte serão estabelecidas em portaria pelo titular da Sejudh.
Riva também garantiu a capacitação dos servidores na terceira emenda. “Os atuais agentes penitenciários passarão por curso de capacitação em conhecimento de habilidades técnicos, físicos e psicológicos para atuação”.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Polícia apreende Drogas e um celular dentro de barras de doce de leite que seriam enviados para presídio da cidade de Itajubá no Sul de Minas


Pequenas porções de maconha enroladas em plástico estavam dentro das barras do doce (esq). Um dos celulares estava dentro de um dicionário (dir) (Polícia Civil/Divulgação)
Pequenas porções de maconha enroladas em plástico estavam dentro das barras do doce (esq). Um dos celulares estava dentro de um dicionário (dir)


Uma operação da conjunta das polícias Civil e Militar em Andradas, no Sul de Minas, levou à apreensão de drogas e um celular que seriam enviados a um presídio. A substância estava escondida dentro de barras de doce de leite.
O material foi encontrado em uma casa no Bairro Vila Mosconi na tarde de terça-feira. Os policiais foram recebidos por um aposentado de 70 anos. Segundo a Polícia Civil, em um dos quartos, foi encontrada uma sacola contendo uma embalagem e o endereço do Presídio de Itajubá. O pacote continha duas barras de doce de leite recheadas com maconha e um celular que estava escondido dentro de um dicionário. 
Conforme a Polícia Militar (PM), o idoso disse não saber do que se tratava, e que o quarto onde o material foi encontrado é da filha dele, que não estava em casa. Nesta manhã, a polícia informou que a mulher ainda não havia sido localizada.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Relator inclui porte de arma para agentes penitenciários

Publicado por Senado (extraído pelo JusBrasil) 
O senador Gim Argello (PTB-DF) apresentou nesta terça-feira (27) seu relatório sobre a medida provisória 615/2013, que regulamenta o mercado de pagamento eletrônico e autoriza socorro financeiro a produtores de cana-de-açúcar do Nordeste. O senador acatou diversas emendas e sugeriu outras, entre as quais está a permissão para que agentes penitenciários portem armas fora do serviço e a possibilidade de a licença para exploração de serviço de táxi ser transmitida para os familiares.
Após a apresentação do relatório, foi concedida vista aos parlamentares integrantes da comissão mista que analisa a MP. Nova reunião foi convocada para esta quarta-feira (28) às 14h30, para a votação.
Porte de armas
Guardas prisionais, agentes penitenciários e integrantes das escolta de presos poderão ser autorizados a portar, fora de serviço, armas de fogo de propriedade particular ou fornecidas pela respectiva corporação ou instituição. A autorização é uma antiga reivindicação da categoria. Os agentes argumentam que são vítimas de perseguição nas ruas em razão das funções que desempenham.

Minas terá mais R$ 600 milhões para segurança pública

Publicação: 23/08/2013 06:00 Atualização: 23/08/2013 06:40

Seminário realizado na Cidade Administrativa discutiu ações de prevenção e combate à criminalidade (OMAR FREIRE/IMPRENSA MG)
Seminário realizado na Cidade Administrativa discutiu ações de prevenção e combate à criminalidade


A segurança pública em Minas receberá investimentos de R$ 600 milhões, que serão aplicados na contratação de 5 mil policiais civis, militares e bombeiros e construção de sete centros de prevenção à criminalidade para ampliar o programa Fica Vivo. Para o interior do estado está prevista a implantação de institutos médicos legais (IML) e de dois batalhões da PM, além do investimento de R$ 50 milhões em câmeras do programa Olho Vivo em 23 cidades. O anúncio foi feito ontem pelo governador Antonio Anastasia (PSDB), na abertura do Seminário Internacional de Defesa Social, na Cidade Administrativa, na Região Norte de BH. 

Anastasia informou que os recursos são oriundos de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BDNES) e já estão garantidos em caixa para 120 obras e ações. Ele 

falou da necessidade de investimento cada vez maior na prevenção da criminalidade, como o Fica Vivo, criado em 2003. O programa oferece oficinas culturais, esportivas e de lazer em áreas de risco social. Em média, são atendidos 13 mil jovens por ano. “Pesquisas indicam que, nas áreas de atuação do Fica Vivo foi possível reduzir os homicídios entre jovens de 12 a 24 anos em até 50%”, informou. Desde 2003, o estado investiu R$ 47,1 bilhões na segurança pública.

“Essa política de prevenção em Minas não somente do Fica Vivo, mas da integração e de todos os sistemas em parceria com a sociedade civil, certamente, é uma chave importante para reverter um pouco os indicadores que ainda são muito ruins”, disse. 

Experiências

O seminário reuniu especialistas em criminalidade. O professor, antropólogo, cientista político e escritor Luiz Eduardo Soares, secretário nacional de Segurança Pública no governo Lula, afirmou que o melhor caminho para conter a violência são prevenção, educação, acesso da população ao sistema de saúde e a serviços básicos. 

“Se as pessoas forem devidamente instruídas e educadas, tiverem condições de ter um desenvolvimento salutar da família com a comunidade, e tendo acesso aos serviços públicos, dificilmente essas elas serão captadas pelo crime”, afirmou a secretária-adjunta de Defesa Social de Minas, Cássia Gontijo, afirmou. Segundo ela, há uma tendência de queda nos crimes de homicídios, com acréscimo em determinados momentos. “Na área dos crimes contra o patrimônio tivemos elevação”, disse.

Troca de tiros entre agente penitenciário e PM

NOTA DO SINGEPERON - Sobre o caso do PM envolvido em troca de tiros com agente penitenciário

O agente Fabrício estava ameaçado de morte. Fabrício estava na frente da sua residência. O PM e o seu amigo estavam de capacete e o local é totalmente escuro.
O Sindicato dos Agentes Penitenciários, Socioeducadores, Técnicos Penitenciários e Agentes Administrativos Penitenciários de Rondônia (Singeperon) vem à público manifestar-se sobre o trágico episódio que culminou no falecimento do Policial Militar Francisco Garcia Galvão: 


1- Inicialmente, manifesta as suas sinceras condolências à família do referido profissional e a todos os policias militares do Estado; 

2- A onda de violência contra agentes penitenciários é gigantesca. Apenas dois dias após o assassinato do agente penitenciário do Urso Branco, Luiz Jorge Pinto Mondego, outro agente de Porto Velho foi atacado por criminosos nesse mês. O chefe de Segurança da Penitenciária Edvan Mariano Rosendo (Urso Panda) foi cercado em frente a sua residência e espancado por marginais que chegaram em três motos. Além desses fatos, vários outros ocorreram e foram levados pelo Singeperon às autoridades competentes; 

3- O Singeperon, em 09/08/2013, solicitou ao Governador, ao Secretário de Segurança e à Secretária de Justiça a criação de força-tarefa entre os órgãos e as instituições de segurança, de modo a realizar, dentro e fora dos presídios, ações preventivas e repreensivas em relação à onda de crimes contra os servidores penitenciários; 

4- A Polícia Civil e a Polícia Militar tem desenvolvido grande esforço em conjunto para elucidar os fatos e capturar esses marginais; 

5- Em relação aos fatos que resultaram na morte do PM Garcia, urge esclarecer determinados pontos: 

a) O agente penitenciário Fabrício Borges Mendes vinha sofrendo ameaças constantes, bem como a sua residência estava sendo monitorada há dias, conforme ocorrências policiais realizadas recentemente, inclusive sendo a última no dia dos fatos em questão (22/08/2013). Também no dia dos fatos, vizinhos viram a sua residência sendo vigiada por elementos estranhos, que estavam em motos e usavam capacete e óculos escuros; 

b) O PM Garcia, segundo informou uma testemunha à Polícia, realizava no momento dos fatos a escolta particular de um comerciante e estava acompanhado por Jorge Fernando Dias Pantoja, que estava em outra motocicleta. Jorge informou à polícia que é amigo do policial. O comerciante confirmou que Jorge estava com Garcia desde o início da escolta. Esse comerciante mora próximo à casa do agente Fabrício; 

c) Jorge afirma que o PM Garcia estava com a arma em punho quando ele caminhava em direção ao agente penitenciário Fabrício; 

d) O depoimento de Jorge aos policiais no momento dos fatos diverge com o que foi prestado posteriormente na Delegacia de Polícia, já no dia seguinte (23). Inicialmente Jorge disse que correu no momento do início da troca de tiros e voltou ao local somente quando as guarnições da PM já estavam lá. Porém, no dia seguinte, Jorge afirmou que entrou no terreno baldio e de lá viu todo o tiroteio; 

e) Percebe-se que os fatos ainda precisam ser mais bem esclarecidos e que qualquer afirmação nesse momento é precipitada e temerosa; 

f) O agente Fabrício estava ameaçado de morte. Fabrício estava na frente da sua residência. O PM e o seu amigo estavam de capacete e o local é totalmente escuro. Pelo que consta nos depoimentos, foi Garcia que inicialmente sacou a arma e foi em direção ao agente penitenciário. Assim, pelo contexto dos fatos, é difícil acreditar que Fabrício teria realizado uma execução proposital; 

g) O Singeperon acompanhou os fatos de forma ininterrupta e, pelo contexto apresentado até o momento, acredita bastante que a situação foi uma triste fatalidade; 

h) Sugere-se, portanto, cautela e prudência àqueles que vêm afirmando tratar-se de execução. Somente a continuidade das investigações nos permitirá entender melhor os fatos; 

i) Cumpre esclarecer que o agente Fabrício apresentou-se espontaneamente à autoridade policial (Delegado de Polícia); 

6- O Singeperon não pretende emitir juízo da situação e vem a público com o propósito de clamar por imparcialidade e prudência. Solicitamos aos colegas policiais militares que não se deixem influenciar por opiniões de pessoas que nem integram a corporação militar, desconhecem os detalhes do caso e que buscam aparecer à custa de um fato trágico; 

7- O curso de formação dos agentes penitenciários possui capacitação adequada para o uso de arma de fogo;

8- Policiais militares e agentes penitenciários sempre mantiveram relação de proximidade e ambas as categorias são relevantíssimas para a engrenagem da segurança pública. Um episódio isolado como esse não pode servir para distanciar os dignos profissionais em questão. 

Anderson Pereira 
Presidente 

"A primeira vítima desses atentados foi a minha esposa", diz viúvo de agente morta e ex-diretor de Penitenciária


Carlos Alves prestou depoimento em audiência no Fórum de São José.

"A primeira vítima desses atentados foi a minha esposa", diz viúvo de agente morta e ex-diretor de Penitenciária Charles Guerra/Agencia RBS
Iniciou hoje no Fórum de São José mais um dia do julgamento dos acusados do assassinato da agente penitenciáriaFoto: Charles Guerra / Agencia RBS
Ex-diretor da Penitenciária de São Pedro de Alcântara e viúvo da agente penitenciária Deise Alves, o agente Carlos Alves, 36 anos, prestou depoimento na tarde desta segunda-feira no Fórum de São José.

Carlos respondeu a perguntas do promotor de Justiça e de advogados de defesa dos réus, na audiência que começou ainda pela manhã. No começo, afirmou que desenvolveu trabalho na Penitenciária para desestruturar o Primeiro Grupo Catarinense (PGC), cujos principais líderes cumpriam pena naquela cadeia.

— Eles comandavam lá dentro praticamente até a escala de serviço, quem trabalharia em cada pavilhão. Com o tempo perderam a liderança, pois cortamos o dinheiro e o cigarro na Penitenciária — disse o ex-diretor sobre a ação contra a facção criminosa. 

Ele destacou que os presos líderes do PGC ordenavam de lá crimes como mortes na própria cadeia, assaltos, tráfico de drogas e de armas e acredita que a sua intervenção sobre eles causou a ira do bando. 

— O PGC perdeu poder e passei a ser pessoa não tão bem vista por eles e o principal alvo do PGC — declarou. 

Sobre o assassinato da mulher, Carlos afirmou que desde a data do fato tinha certeza absoluta que a ação havia sido ordenada pelo 1º ministério do PGC. Na data do assassinato, Carlos estava em um curso em Brasília e havia falado com a mulher por telefone cerca de uma hora e meia antes. 

— A intenção era me atingir. A primeira vítima desses atentados foi a minha esposa — respondeu ao promotor. 

O clima ficou tenso durante o depoimento quando o ex-diretor passou a ser indagado pelos advogados dos réus. Carlos comentou que após o crime ficou quatro meses em casa e até hoje sofre com a perda. Ele atua hoje no gabinete da direção do Departamento de Administração Prisional (Deap). 


O assassinato da agente Deise Alves - 26 de outubro de 2012

Insatisfeitos com o corte de regalias na Penitenciária de São Pedro de Alcântara, presos do PGC e articuladores das ideologias da facção decidiram matar o então diretor Carlos Alves.

Por cartas ou visitas, comunicaram-se entre si e ordenaram a execução do diretor para os criminosos chamados disciplinas, que são os responsáveis por cumprir as ordens nas ruas.

Fabricio da Rosa teria conseguido a arma para o homicídio, uma pistola 9mm. Reuniram-se para a execução Marciano Carvalho dos Santos, Oldemar da Silva, o Mancha, e Rafael de Brito, o Shrek.

Na noite de 26 de outubro de 2012, uma sexta-feira, em uma moto e em um carro, três homens seguiram o Mégane preto de Carlos Alves até a residência dele. Quando o veículo estacionou, na frente da casa de um familiar, às 21h, no Bairro Roçado (Rua João Fernando Pereira), a agente Deise Alves desceu e acabou sendo baleada.

Deise conseguiu reagir e acertou Marciano com um tiro na perna. Quando ele foi preso, apresentava o ferimento. O carro tinha película nos vidros e por isso os atiradores não perceberam que não era Carlos Alves quem estava dentro. Eles mataram a agente com um tiro no coração por engano.
 

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