AGENTE CORACI

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Major: denúncias de PM morta são investigadas


Deputado estadual major Olímpio diz que levou informações à Corregedoria
Olímpio deu entrevista a José Luiz Datena / Reprodução/BandOlímpio deu entrevista a José Luiz DatenaReprodução/Band
Em entrevista a José Luiz Datena, no "Brasil Urgente", o deputado estadual major Olímpio confirmou que teve conhecimento das denúncias feitas pela cabo Andréia Pesseghinimorta em chacina na zona norte de São Paulo, sobre o envolvimento de policiais em atividades ilícitas. Segundo o major, as informações foram repassadas à Corregedoria da Polícia. "Tenho certeza que [elas] estão em investigação".

Sobre a afirmação, depois negada do coronel Wagner Dimas Alves Pereira a respeito das denúncias feitas pela policial, o major acredita que o policial tenha se expressado mal. "O coronel Dimas não é louco", observou o deputado estadual major Olímpio (PDT-SP). 

"O coronel Dimas falou de uma hipótese que não foi no comando dele. E pode ter se equivocado na verbalização, [mas], na situação, não se equivocou coisa nenhuma”, afirma. Olímpio ainda disse que "se não houve o registro formal, pode ter ocorrido uma falha administrativa".

Investigações

Em relação às investigações do caso, Olímpio ressalta que não se pode desprezar nenhuma das hipóteses. "Eu estava lá no local e os policiais me falavam: 'Chefe, tem que se investigar porque isso pode ser treta de polícia', vingança do mau policial contra o bom policial'. Desprezar uma linha de investigação em cima disso não é possível. Todas estão abertas".

Para o major, não estão se esgotando todas as possibilidades. "Tenho que dizer que, em determinado momento, eu acho que, com preocupação às instituições, houve um certo melindre em investigar a conduta de policiais militares ou eventuais condutas".


Afirmação
Há uma semana, em entrevista à Rádio Bandeirantes, o coronel Wagner Dimas Alves Pereira disse que a policial Andréia fez parte de um grupo que denunciou o envolvimento de colegas no roubo de bancos. "Quando digo que ela está em meio a um círculo de pessoas que confirmaram a situação, não quer dizer que ela, especificamente, denunciou e que possa ter sido ela quem falou", completou depois. Um dia depois de ter concedido a entrevista, o coronel desmentiu as declarações feitas.

O caso
Um sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), a mulher - também policial militar, a sogra, de 67 anos, a tia da esposa, de 55, e o filho de 13 anos foram encontrados mortos em duas casas de um mesmo terreno, na Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo. 

O crime, segundo investigações da polícia, teria ocorrido no domingo (4), mas só foi descoberto nesta segunda-feira. O filho do casal de PMs, que também morreu, teria sido o atirador. Depois do crime, ele teria ido à escola, voltado e se matado com um disparo na cabeça. 

De acordo com o Comando da PM (Polícia Militar), o sargento da Rota deveria ter entrado no trabalho às 5h e a mulher dele, às 9h. A polícia foi encaminhada até a casa da Brasilândia depois que colegas do 18º Batalhão, da Freguesia do Ó, estranharam a falta da agente. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário