AGENTE CORACI

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Criminosos atacam outro agente e avisam que vão pegar mais um


Porto Velho - Rondônia - Apenas dois dias após o assassinato do agente penitenciário do Urso Branco, Luiz Jorge Pinto Mondego, outro agente de Porto Velho foi atacado por criminosos. O chefe de Segurança da Penitenciária Edvan Mariano Rosendo (Urso Panda) foi cercado em frente a sua residência e espancado por marginais que chegaram em três motos.
O agente, que prefere manter o anonimato e segredo do local por motivo de segurança, conta que sentiu a morte de perto e chegou a pedir aos criminosos que não atirassem na sua cabeça por conta da sua mãe. Porém, os bandidos pouparam-lhe a vida dizendo que “a cadeia o considerava de boa” e avisaram que irão pegar “um de cada casa”, referindo-se aos presídios.
Após o fato, o servidor registrou ocorrência e segue sem nenhum esquema de segurança pessoal.
No mesmo dia, o Sindicato dos Agentes Penitenciários, Socioeducadores, Técnicos Penitenciários e Agentes Administrativos Penitenciários de Rondônia (Singeperon) havia alertado os servidores por mensagem SMS e nas redes sociais sobre a possibilidade de novas ações criminosas contra agentes, com base em uma ligação interceptada do Urso Branco pela Polícia Civil.
Nesta quinta-feira (08), a entidade sindical publicou em seu portal eletrônico uma recomendação de segurança aos servidores para que não utilizem o fardamento que o identifiquem fora de serviço. Já a Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) autorizou a mudança na escala de plantão das unidades prisionais da Capital para 24 por 96 horas.
O presidente do Singeperon, Anderson Pereira, informou que existe uma lista com pelo menos sete nomes de agentes penitenciários marcados para morrer. “Este fato nos preocupa muito, pois infelizmente o Estado não dá as condições necessárias para o profissional se defender”, afirmou referindo-se ao porte de arma fora de serviço à categoria.
Outra preocupação demonstrada pelo líder sindical foi a destituição do Núcleo de Inteligência do Sistema Penitenciário (Nisp) pela Sejus, setor que atuava na identificação com antecedência de possíveis ameaças contra os servidores penitenciários. Segundo a Secretaria, o Nisp passa por um processo de normatização e que por isso optou pela transferência provisória dos agentes que atuavam no setor. Porém, não apresentou nenhuma regulamentação.
“Exigimos providências urgentes e uma atuação mais enérgica do Estado para proteger os agentes penitenciários que são a linha de frente da sociedade na aplicação da legislação penal”, concluiu Anderson.
Autor: Assessoria

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