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terça-feira, 29 de outubro de 2013

PROJETO DO SISTEMA PRISIONAL DE JUIZ DE FORA É DESTAQUE NO DOMINGÃO DO FAUSTÃO

O projeto de ressocialização desenvolvido na Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, de Juiz de Fora, na Zona da Mata, foi destaque neste domingo (27) no programa Domingão do Faustão, da Rede Globo. Os detentos confeccionam peças de tricô de alta costura, em parceria com a grife Doisélles, em um ateliê montado dentro da unidade prisional. A diretora da penitenciária, Ândrea Andries, e a estilista da marca, Raquell Guimarães, foram ao programa e gravaram depoimentos que destacam os êxitos das políticas de ressocialização de detentos e humanização do sistema prisional desenvolvidas pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Defesa Social.

O trabalho de ressocialização desenvolvido com os presos possui êxito internacionalmente reconhecido, tanto que as peças já ganharam o mundo e são vendidas em um showroom em São Paulo, em feiras em Paris e Tóquio e em 70 lojas multimarcas no Brasil. Além disso, a cantora Daniela Mercury já usou peças produzidas pelos detentos de Juiz de Fora no Carnaval de Salvador. Recentemente, a apresentadora da TV Globo, Angélica, também apareceu em um programa com um dos modelos.

Os detentos se dedicam oito horas por dia à produção. A marca, Doisélles, foi criada pela empresária mineira Raquell Guimarães, que teve a ideia de buscar mão de obra na prisão, já que não conseguia no mercado. “Normalmente quem realiza esse tipo de trabalho são pessoas mais idosas, senhoras, que não conseguiam se dedicar como precisávamos. Então pensei nessa parceria, mas imaginei mulheres. Quem sugeriu que fossem os homens foi a diretora da penitenciária”, conta a empresária.

A diretora Ândrea Andries, que comanda a unidade, sempre apostou no talento dos detentos. “Falei com ela (Raquell Guimarães) que em dez dias a gente ia conseguir provar que eles eram capazes. E deu tão certo que eles até já criaram um modelo”, revela. Os detentos realizam o trabalho desde 2009, quando foram capacitados e aprenderam o ofício. Célio Tavares de Souza é um deles. Hoje no regime semiaberto, ele foi contratado pela Doisélles. Trabalha na sede da empresa como auxiliar de produção. “Essa oportunidade levantou minha autoestima e mostrou que podemos ser reintegrados à sociedade”, afirma.

Presídio-Vilhena1
O que deveria ser apenas mais um dia de trabalho, acabou se tornando um dia totalmente traumático na vida do professor Luiz Antônio Senatore, 39, que aplica provões na Rede Estadual de Ensino.
Selecionado para aplicar as provas na última quinta-feira, 25, Luiz, mesmo sem receber seguro, insalubridade ou bônus salarial por estes serviços, se deslocou até o Presídio de Segurança Máxima de Vilhena e passou a aplicar as avaliações para três detentos. Momento que os agentes resolveram fazer a revista em três celas que ficavam ao lado da sala onde o professor estava lecionando.
Enquanto as revistas eram feitas, os detentos foram colocados no corredor que dava acesso a sala de aula. Ao perceberem que os agentes haviam encontrado um aparelho celular e uma barra de ferro conhecida pelos detentos como “chunxu”, eles se revoltaram e passaram a chutar a porta que dava acesso a sala do professor.
Através da janela pequena os presos conseguiam ver o professor e passaram a gritar e dizer que iriam fazê-lo de refém e depois iriam matá-lo. Segundo informações os policiais precisaram disparar balas de borracha para tentar acalmar a fúria dos doze presos e conseguir colocá-los novamente nas celas. E, somente após 45 minutos os agente penitenciários conseguiram conter os presos e liberar Luiz que já estava em estado de choque.
Familiares informaram que Luiz  está sofrendo da síndrome do pânico e precisou de atendimento médico devido ao susto, apresentando atestado. A nossa reportagem tentou entrar em contato com o professor, porém não obteve êxito.

faça download do áudio

Desembargador explica problemas do sistema prisional brasileiro

 Jovem Pan

O desembargador Marco Antônio Marques da Silva disse nesta segunda-feira (28), em entrevista à JOVEM PAN, que o poder executivo deve tomar as providências para que o preso, inclusive os associados ao PCC, realmente cumpra a pena e não fique no “faz de conta”.

“O sistema penintenciário nosso acaba sendo relegado a segundo, terceiro, quarto plano e só é lembrado em próximas eleições, quando tem parábolas de criminalidade”, disse. Também segundo Silva, nas últimas décadas só se vê aumentar a população carcerária.

O desembargador ainda ressaltou que os Estados Unidos, por exemplo, com cerca de três milhões de presos não enfrentam os problemas que o Brasil tem com aproximadamente 500 mil detidos.
Ouça a entrevista completa no áudio com o repórter JOVEM PAN André Guilherme no link:
Envenenamento de servidores deixou CDP em estado de alerta
Envenenamento de servidores deixou CDP de Pedrinhas em estado de alerta
Em primeira mão: um preso do Centro de Detenção Provisória de Pedrinhas (CDP), o famoso Cadeião, cometeu um atentado contra servidores do presídio na última sexta-feira. O detento, que faz serviços de faxina da unidade prisional, adicionou veneno ao café servido aos funcionários,causando intoxicação em cinco deles. O blog apurou que pelo menos três – um agente penitenciário, uma enfermeira e um monitor – continuam internados em estado grave.
Por ter bom comportamento e trabalhar como faxineiro, o preso, que não teve a identidade e a pena informadas, é autorizado a circular sem restrição por todas as dependências do CDP. Aproveitando-se do livre acesso, ele foi à cozinha e, em um descuido dos funcionários do setor, abriu uma garrafa de café recém-preparado e colocou uma substância venenosa não identificada.
Como de praxe, o café foi servido aos servidores do presídio. Os primeiros a tomar começaram logo a passar mal, deixando o CDP em estado de alerta. Após as primeiras investigações, o preso-faxineiro foi apontado como culpado pelo envenenamento. Ele foi detido e deverá responder pelo crime.
O caso está sendo tratado com o mais absoluto sigilo pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Sejap). Enquanto isso, o agente, a enfermeira e o monitor lutam pela vida no hospital.

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