AGENTE CORACI

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Pistolas e rifles, mais de 22 mil cartuchos de munição encontrado em presídio com 16 presidiários mortos, alguns decapitados e desmembrados

BBC
Uma varredura de segurança na prisão de Sabaneta, na Venezuela, onde 16 presidiários foram mortos durante uma briga entre gangues rivais há duas semanas, resultou na descoberta de um arsenal de mais de 100 armas e dezenas de milhares de cartuchos de munição.

Os presos foram temporariamente removidos da penitenciária, localizada perto da cidade de Maracaibo, no noroeste do país, após o confronto violento.
Algumas das vítimas teriam sido decapitadas e desmembradas.
As penitenciárias na Venezuela são conhecidas pela superlotação e pelos motins.
Esconderijo
Iris Varela, ministra do Serviço Penitenciário, afirmou que guardas já varreram metade da área da prisão até agora, apreendendo mais de 22 mil cartuchos de munição, assim como pistolas e rifles.
A operação também descobriu túneis de até 15 metros de profundidade, onde estavam armazenados 12 kg de maconha e cocaína.
"O peso da lei será sentido fortemente por aqueles bandidos encontrados contrabandeando esses itens para dentro da cadeia", afirmou Varela.
Ela acrescentou que as armas vão ser derretidas e que o aço será usado na construção de casas para a população carente.
Segundo dados compilados pela ONG Observatório Venezuelano de Prisões, a penitenciária de Sabaneta é a mais violenta do país, com um saldo de 69 mortos atrás das grades até agora neste ano.
A Venezuela possui uma das mais altas taxas de crime e de homicídio na América Latina e sua Justiça luta para lidar com a intensa carga de trabalho.
A população de presos também vem aumentando nos últimos anos e muitos ainda aguardam julgamento.
O Observatório Venezuelano de Prisões afirma que 80% das prisões são controladas por prisioneiros e muitas delas passam ao largo do controle das forças de segurança.

Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade prepara agentes penitenciários para emergências médicas



Um parto de emergência a caminho da maternidade ou um bebê engasgado com um pedaço de fruta são situações que já podem ser atendidas pelos agentes penitenciários do Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade – unidade prisional que abriga as detentas grávidas e mães de recém-nascidos, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Veja o álbum de fotos no Facebook
Isto se deve a capacitação promovida pela direção geral da unidade aos 81 homens e mulheres responsáveis pela segurança do local. A iniciativa compõe o conjunto de ações desenvolvidas pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Defesa Social, com foco na humanização do sistema carcerário mineiro.
A capacitação é ministrada pela professora universitária e enfermeira Renata Vital Pimenta, de forma voluntária, com três alunas de um curso de graduação de enfermagem. O conteúdo do curso é todo direcionado para que os agentes possam ajudar as custodiadas em situações emergenciais com bebês ou com sua gestação. Na última sexta-feira (27), um dos cursos foi finalizado e, a partir desta semana, outra turma começa capacitação. O objetivo principal do curso é salvar vidas e humanizar cada vez mais o atendimento para as detentas gestantes e os bebês, que permanecem com as mães até completarem um ano de idade na unidade prisional diferenciada.
Durante as aulas, a professora explica que é muito importante saber reconhecer os "sinais de perigo" em uma criança como alterações respiratórias, problemas na deglutição de alimentos, vômitos, desidratação e convulsões para evitar problemas mais complexos. Nos casos das grávidas, entender os sinais do parto iminente e estar preparado para ajudar a mãe e os bebês também é matéria do curso. "Posso ficar tranquila de que os agentes penitenciários que passaram pelo curso têm condições de atender as principais situações do Centro de Referência", destaca a professora e enfermeira.
A unidade já dispõe de agentes com conhecimentos de enfermagem, formados como técnicos e auxiliares, e não faltam boas e emocionantes histórias para contar sobre estes profissionais que vão além das funções de vigilância. A diretora de segurança da unidade Maurília da Silva Gandra, reforça então a necessidade de todos estarem preparados: "Ontem uma grávida rompeu a bolsa e os agentes responsáveis pela escolta até o hospital ficaram tensos. Falei para eles ficarem calmos e que seria uma oportunidade de colocarem em prática os conhecimentos do curso, mas deu tempo de chegar à maternidade", conta Maurília.
Agente faz parto e recebe homenagem especial
Há sete meses o agente penitenciário e técnico em enfermagem, Kleider Amaral, auxiliou uma detenta no parto dentro do Centro de Referência, pois não houve tempo de levar a gestante para o Hospital Sofia Feldman, instituição na qual normalmente são realizados os partos. A ex-detenta ficou tão sensibilizada e grata com o atendimento do agente que deu o nome para o seu filho de Kleider.
A agente penitenciária, Wélia Cristina Batista, também já salvou um bebê de oito meses engasgado com um pedaço de maçã. "A mãe ficou desesperada e também todas as pessoas próximas. Eu simplesmente peguei o bebê, coloquei de bruços no meu colo e fiz uma massagem. O procedimento fez com que ele expelisse o pedaço de maçã", conta, emocionada, a agente.
Estas situações confirmam o que a enfermeira Renata Pimenta chama de "o nome das mãos". "Quando damos as mãos para uma mãe, seja no parto, ou em uma situação com seu filho, ela nunca mais esquece o nome desta pessoa, mesmo que nunca a veja por única vez", revela Renata. Para a agente penitenciária Elizete Benedita dos Santos o curso a ajudou a perder um grande medo. "Tinha uma preocupação com o cordão umbilical, mesmo já tendo assistido alguns partos. Agora já sei como agir, se houver necessidade", afirma a agente.
Parceria de sucesso
O Hospital Sofia Feldman possui parceria com o Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade. O Centro de Saúde mantém um kit específico para partos de emergência na unidade prisional. Em qualquer saída com grávidas próximas do parto o kit é levado e, caso seja utilizado, um outro é entregue esterilizado e lacrado.
A agente penitenciária Luana Cossenzo, tem uma filha de cinco anos e garante que se surgir uma situação de parto iminente ela está preparada. "Já assiste partos no Sofia Feldman e também sou mãe. Acho que posso cuidar tranquilamente de uma grávida, numa situação emergencial", explica Luana.
via Agência Minas

Nenhum comentário:

Postar um comentário