AGENTE CORACI

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Realização de audiências dentro de uma unidade prisional

Leandro Lima tem cautela em dar informações para evitar risco na segurança das audiência

diogo.vargas@diario.com.br

A direção do Departamento de Administração Prisional afirma que a realização de audiências dentro de uma unidade prisional será inédita no Estado e acredita que a estratégia montada para viabilizar as oitivas será uma lição.
Diário Catarinense — Como será a operação para as audiências? 



Leandro Lima — A ação está sendo articulada em conjunto com o Judiciário, o Executivo e os setores estão devidamente acionados. O nosso departamento está trabalhando e irá responder às suas responsabilidades. 

DC — A mobilização envolve grande aparato de agentes? 

Lima — O Estado montará estrutura à altura da necessidade que a operação envolve. 

DC — Qual a expectativa em relação ao sistema de videomonitoramento? 

Lima — A expectativa é que seja uma lição e realizada em outras situações com presos que estão dentro do Estado. Hoje, para se ter ideia, são realizadas 4 mil escoltas ao mês e destas 90% são para os Fóruns. Tenho a expectativa de que represente avanço e otimização de recursos públicos, aumentando a sua eficiência. 

DC — Já aconteceram audiências assim no Estado, com grande quantidade de presos sendo ouvidos por juiz e promotor numa prisão? 

Lima — Algo deste porte é inédito no Estado. As audiências serão num novo espaço construído dentro do complexo antes de ele ser ocupado e onde por enquanto não há presos. 


:: ENTENDA O CASO

Um juiz e um promotor vão à prisão para ouvir presos. Parte deles será ouvido por videoconferência. Há um grupo que responde em liberdade e terá de ir ao local para acompanhar as audiências.

98 réus 

55 estão em presídios/penitenciárias estaduais e serão levados ao local

22 são líderes do PGC e estão na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte (serão ouvidos e acompanharão por videoconferência)

15 pessoas respondem em liberdade (o Estado disponibilizará transporte para quem não tiver condições de se deslocar ao complexo)

6 estão foragidas da Justiça até o momento. 

46 advogados trabalham nas defesas e também vão acompanhar os trabalhos

6 policiais são testemunhas, entre eles dois delegados

3 testemunhas terão a identidade protegida nos depoimentos

:: OS CRIMES DA FACÇÃO

Associação para o tráfico de drogas e formação de quadrilha armada 

:: SENTENÇA

As audiências serão encerradas ao final dos depoimentos. A sentença não sairá nesse dia. O processo seguirá para alegações finais e depois, a partir de nova manifestação do Ministério Público, o juiz dará a sentença em gabinete.
DIÁRIO CATARINENSE

Nenhum comentário:

Postar um comentário