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domingo, 1 de setembro de 2013

Morte de agente em conseqüência de um tiro disparado por um policial militar durante uma rebelião em Penitenciária, pode ter reviravolta com surgimento de dois laudos

EXCLUSIVA - “Caso Wesley”: Morte de agente prisional pode ter reviravolta com surgimento de dois laudos
José Ribamar Trindade
Redação 24 Horas News
“Horror. A bala de escopeta calibre 12 abriu um enorme buraco no peito do rapaz”. Palavras de um amigo da vítima no local do crime. A morte do agente prisional Wesley da Silva Santos, morto aos 24 anos dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), antigo Pascoal Ramos, pode ter uma grande reviravolta nos próximos dias. O jovem que estava há apenas 17 dias trabalhando pode ter dois laudos de necropsia, um deles pode ser falso. O Ministério Público do Estado (MPE) está apurando, mas ainda não quer se pronunciar sobre as investigações. A reportagem do Portal de Notícias 24 Horas News apurou, no entanto, algumas pessoas serão denunciadas nos próximos dias por causa dos laudos.
 
Além das testemunhas que viram Wesley ser baleado. De dezenas de pessoas que viram o buraco que a bala deixou, além é claro, e de um primeiro laudo que apontava a morte como consequência de Projetil de Arma de Fogo (PAF), surgiu, no entanto, um laudo misterioso que apontava a consequência da morte como objeto cortante ou contundente (faca ou chuço) e também arma de fogo.

Só que, apesar do tiro e do grande buraco, a consequência da morte de Wesley, segundo a reportagem teve acesso aos laudos com exclusividade, teria sido a perfuração do objeto cortante, ou contundente, faca o chuço, arma artesanal usada pelos presos.  Os dois laudos foram assinados pelos médicos legistas do Instituto Médico Legal (IML), doutora Valéria da Corte Rossi, e pelo doutor Josias dos santos Guimarães.
 
Procurada pela reportagem meses atrás para saber sobre os laudos, a delegada Anaide Barros, da equipe de investigações da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), e presidenta do inquérito, não quis falar sobre o assunto, alegando que o caso estava em “segredo de Justiça”.
 
Logo após o segundo laudo, a reportagem tentou ouvir diversos especialistas em Medicina Legal, mas ninguém se propôs a falar sobre o assunto, alegando, principalmente a ética médica como impedimento.  Dentro do IML a reportagem também encontrou um clima de “lei do silêncio”, embora os comentários cada um, mais irônico que o outro.
 
ENTENDAO CASO
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PM mata agente prisional
e presidiário dentro da
Penitenciária Central
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Trabalhando há apenas 17 dias, o agente prisional Wesley da Silva Santos, de 24 anos foi executado em serviço. A Polícia confirmou no fim da tarde uma uma segunda-feira, 20 de junho de 2011 a a morte do  o agente prisional em conseqüência de um tiro de escopeta calibre 12, disparado por um policial militar durante uma rebelião ocorrida no início da tarde na Penitenciária Central do Estado de Mato Grosso (PCE), (antigo Presídio do Pascoal Ramos).
 
Também morreu no início da noite, segundo confirmação da Polícia, o presidiário Uenes Brito dos Santos, de 22 anos. Ele havia sido atingido por um disparo feito pela Polícia, mas não resistiu ao ferimento, falecendo no Pronto-socorro de Cuiabá.
 
Com a confirmação da causa da morte do agente, a delegada Anaíde Barros, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), solicitou exame de balística para saber de qual arma o cartucho foi disparado. Além do agente prisional, outros dois detentos foram baleados no motim, ocorrido no Raio 3. A informação inicial extraoficial é era de que o agente tinha sido morto a golpes de "chuços" (armas artesanais).
 
Wesley foi empossado no último dia três de junho. Ele estava em segundo plantão enquanto agente penitenciário e, conforme alguns colegas, ainda estava sem experiência para momentos de tensão no qual a categoria convive no dia a dia.
 
Wesley foi baleado num corredor do Raio 3, onde ocorreu o confronto entre os policiais e os mais de 300 presos amotinados. O cadáver foi retido por outros agentes prisionais e colocado no setor do alojamento dos agentes. Peritos do Instituto de Criminalística (IC) estiveram no local fazendo a perícia.
 
Wesley estava em companhia de outro agente prisional - de pré-nome Antenor -, que possui curso de luta livre e conseguiu escapar dos detentos, mas ficou em estado de choque. Ele teve que ser levado ao Pronto-socorro de Cuiabá (PSC). Segundo a polícia, o motim começou depois que os presos questionaram o cancelamento de visitas.
 
Na ação, a Polícia Militar baleou três detentos: um ficou gravemente ferido com três tiros e foi levado ao Pronto-socorro por uma ambulância do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). O presidiário Uenes Brito dos Santos, de 22 anos morreu ainda na noite do mesmo dia da tentativa de rebelião na Penitenciária Central.

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