PorAmanda Gigliotti | Repórter do The Christian Post
Os detentos que
fugiram do Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), em Manaus (AM), chamaram a
atenção das autoridades que estão trabalhando na sua recaptura. Boa parte
deles, que deixaram tudo para trás na hora da fuga, levaram as Bíblias que
guardavam nas celas.
A rebelião aconteceu no dia 9 de julho
e resultou na fuga de 172 presos. Cerca de 50 detentos foram recapturados. O
tenente-coronel da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), Renan Carvalho
contou que dos recapturados, a maioria estava carregando uma Bíblia.
“Acredito que eles carregam a Bíblia
como forma de proteção”, disse Renan, segundo o A Crítica.
A polícia também constatou que os
detentos trocavam mensagens de fé por telefones celulares, segundo uma análise
realizada dos aparelhos apreendidos. Os detentos invocam o nome de Deus nas
mensagens como proteção para cometer crimes.
“Vá lá mano. Vai dá (sic) tudo certo.
Deus está contigo e ele vai cegar esses vermes pra não te enxergarem dentro da
mata. Vc (sic) vai conseguir”, dizia uma das mensagens.
Outras mensagens de fé também foram
postadas no Facebook. A detenta Aline Fontoura Silva, 22, que cumpre pena por
tráfico de drogas, posstou, no Facebook: “Obrigada senhor por tudo perdoa meus
erros e abeçoa minha família e o meu amor, boa madrugada a todos (sic)”.
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Aline também revela sua fé ao se
declarar ao seu namorado, o traficante Rubens Rodrigues, conhecido como o
“Rubão”, um dos líderes do Primeiro Comando a Capital (PCC) no Ipat.
“O nosso amor e abençoado por Deus. Eu
profetiso em nome de Jesus (sic).”
Uma voluntária da Pastoral Carcerária,
Marlúcia da Costa Souza, afirmou que os criminosos recorrem a argumentos
religiosos para justificar os maus atos e se livrar do sentimento de culpa.
Entretanto, para muitos, a fé é o meio
pela qual muitos detentos deixam a criminalidade, segundo dizem voluntários da
Pastoral que vão ao presídio duas vezes por semana para evangelizar.
De acordo com uma das voluntárias
Marlúcia da Costa Souza, 57, grande parte dos detentos participa das reuniões,
cantando louvores, lendo o Evangelho e orando ferverosamente.
Marlúcia conta que muitos choram e
fazem pedidos a Deus e pedem perdão pelos crimes e se dizem arrependidos.
Segundo ela, muitos acabam mudando de vida após um “encontro com Deus” na
cadeia.
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