AGENTE CORACI

domingo, 17 de novembro de 2013

Marcos Valério chama agente da PF de "incompetente"e tenta agredir produtor da TV Record

http://www.otempo.com.br
marcos valério
Marcos Valério se apresenta à Polícia Federal
Valério teria se irritado com a atitude do agente, que impediu que ele saísse antes dos demais ocupantes do veículo
O operador do esquema do mensalão Marcos Valério, que se entregou à Polícia Federal na sexta-feira após ter a prisão decretada, se irritou quando chegava ao no Instituto Médico Legal (IML) em Belo Horizonte, neste sábado. Valério estava em uma van com outros condenados por participação no esquema de corrupção e chamou um agente da Polícia Federal de "incompetente".

 
Valério teria se irritado com a atitude do agente, que impediu que ele saísse antes dos demais ocupantes do veículo, o que permitiu a aproximação de jornalistas. Pouco depois, na entrada do instituto - onde ele e os demais condenados fizeram exame de corpo de delito - o operador do mensalão deu um tapa na mão do produtor da TV Record Jefferson Lorentz, que gravava com um celular a chegada do grupo.




COMENTÁRIO DO CHAS1000
TALVEZ ELE TENHA CHAMADO O AGENTE DA PF DE INCOMPETENTE
PORQUE  NÃO FOI ALGEMADO, PORQUE A PF RESPEITOU A SÚMULA VINCULANTE 11,
  ( SÚMULA VINCULANTE 11 :
"SÓ É LÍCITO O USO DE ALGEMAS EM CASOS DE RESISTÊNCIA E DE FUNDADO RECEIO DE FUGA OU DE PERIGO À INTEGRIDADE FÍSICA PRÓPRIA OU ALHEIA, POR PARTE DO PRESO OU DE TERCEIROS, JUSTIFICADA A EXCEPCIONALIDADE POR ESCRITO, SOB PENA DE RESPONSABILIDADE DISCIPLINAR, CIVIL E PENAL DO AGENTE OU DA AUTORIDADE E DE NULIDADE DA PRISÃO OU DO ATO PROCESSUAL A QUE SE REFERE, SEM PREJUÍZO DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO".)

Pizzolato foge para a Itália e debocha das autoridades brasileiras

Polícia Federal aguardava apresentação do ex-diretor do Banco do Brasil para este sábado. Em nota, ele afirma que tentara julgamento "justo" na Itália

Cecília Ritto e Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
O delegado Marcelo Nogueira, da PF, recebe o telefonema do advogado Marthius Lobato sobre a fuga de Henrique Pizzolato
O delegado Marcelo Nogueira, da PF, recebe o telefonema do advogado Marthius Lobato sobre a fuga de Henrique Pizzolato (Cecília Ritto-16-11-2013)
Os boatos se confirmaram: Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, condenado a 12 anos e sete meses de prisão por sua participação no esquema do mensalão, deixou clandestinamente o Brasil para se esconder na Itália, fazendo uso de sua dupla cidadania. Desde a tarde de sexta-feira, agentes e delegados da Polícia Federal no Rio são iludidos com a promessa de que o réu se apresentaria neste sábado.
Às 11h45, o delegado de plantão Marcelo Nogueira recebeu do advogado Marthius Lobato um telefonema confirmando que seu cliente estava na Itália, e atestando a veracidade da seguinte nota: "Por não vislumbrar a mínima chance de ter um julgamento afastado de motivações político eleitorais, com nítido caráter de exceção, decidi consciente e voluntariamente fazer valer meu legítimo direito de liberdade para ter um novo julgamento, na Itália, em um Tribunal que não se submete às imposições da mídia empresarial, como está consagrado no tratado de extradição Brasil e Itália", escreveu o réu.
Lobato afirmou ao delegado que não sabia da fuga. O ex-diretor do BB teria fugido por terra, passando pela cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, há cerca de 45 dias. O local é um ponto de conexão de rotas do tráfico internacional de drogas e um dos entrepostos de bandidos brasileiros que atuam naquela região.
Extradição - O procedimento, a partir de agora, é a confirmação oficial da presença do réu na Itália. O Ministério da Justiça, então, abrirá um processo de extradição. A Polícia Federal brasileira informará à Interpol que Henrique Pizzolato é um foragido da Justiça, e ele passa a constar na lista de procurados pela instituição. Enquanto estiver na Itália, como é cidadão daquele país, Pizzolato não pode ser detido.
No início da tarde, em um dos endereços do réu, Lobato falou rapidamente sobre o caso. “A nota é do Pizzolato. E ele está fora do Brasil. Eu não tive contato, minha participação no caso terminou com o trânsito em julgado e, a partir de agora, não sou mais o advogado dele”, disse o advogado, que, apesar de não ter mais o ex-diretor do BB como cliente, viajou no sábado de Brasília para o Rio, para cuidar do assunto.
A Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro aguardava, pacientemente, a apresentação do réu. Tecnicamente, ele estaria foragido a partir das 6h deste sábado, mas a promessa de apresentação fez com que os agentes não fizessem novas buscas para cumprir o mandado.
No sábado à tarde, policiais federais fizeram diligências nos dois endereços que constam como residências do réu. Em um deles, na rua Domingos Ferreira, em Copacabana, foram informados de que o apartamento está alugado para uma família há dois meses. No outro, um procurador de Pizzolato informou que ele se apresentaria neste sábado.
Em vez da apresentação, o que a PF recebeu foi uma nota que mistura ataques à Justiça e à imprensa."Mesmo com intensa divulgação pela imprensa alternativa – aqui destaco as diversas edições da revista Retratos do Brasil – e por toda a internet, foi como se não existissem tais documentos, pois ficou evidente que a base de toda a ação penal tem como pilar, ou viga mestra, exatamente o dinheiro da empresa privada Visanet. Fui necessário para que o enredo fizesse sentido. A mentira do “dinheiro público” para condenar... todos. Réus, partido, ideias, ideologia", escreveu o réu.
Leia também: "Justiça", dizem leitores de VEJA sobre ordem de prisão de mensaleiros
(Com Estadão Conteúdo)

Augusto Nunes promete pagar o salário do assassino Champinha se o procurador que quer libertá-lo aceitar como motorista o carrasco de Liana Friedenbach, estuprada, torturada e morta aos 16 anos


http://veja.abril.com.br/

Publicado no blog do Augusto Nunes

Vários exames feitos nos últimos anos concluíram que Champinha continua tão cruel e perigoso quanto se mostrou naquele novembro de 2003
Vários exames feitos nos últimos anos concluíram que Champinha continua tão cruel e perigoso quanto se mostrou naquele novembro de 2003

A COLUNA PAGARÁ O SALÁRIO DE CHAMPINHA SE O PROCURADOR QUE QUER LIBERTÁ-LO ACEITAR COMO MOTORISTA O CARRASCO DE LIANA FRIEDENBACH
Champinha tinha 16 anos em novembro de 2003, quando inaugurou a carreira de bandido sem cura com o sequestro de um casal de namorados, vários estupros, sucessivas sessões de tortura e um assassinato a sangue frio, tudo isso em menos de uma semana.
Liana Friedenbach também tinha 16 anos quando foi sequestrada em companhia de Felipe Caffé, 19. Ele foi abatido com um tiro na nuca por um dos integrantes da quadrilha liderada pelo delinquente principiante. Ela ficou cinco dias em poder de Champinha, que a estuprou e torturou incontáveis vezes – nos intervalos, obrigava a presa a saciar o apetite sexual dos comparsas – antes de executá-la com 15 facadas.
Passados dez anos, Liana (da mesma forma que Felipe) é apenas uma vida que poderia ter sido e não foi. O destino e os códigos legais foram bem mais gentis com Champinha. “Matei porque deu vontade”, informou ao ser capturado. Nem por isso lhe faltaria a mão amiga de uma Justiça sempre camarada com feras precoces.
A legislação que trata de crimes cometidos por menores de idade é tão misericordiosa com menores que matam quanto inclemente com menores que morrem. Só é proibida a identificação dos delinquentes. A vítima pode ser exposta sem quaisquer restrições, sem tarjas cobrindo os olhos nas fotos, sem iniciais que escondem o nome completo por trás de iniciais.
Até que o matador chegasse à maioridade, os relatos da imprensa sobre o mergulho no inferno de Liana Friedenbach, ilustrados pela fisionomia suave da menina assassinada, não puderam mostrar o brilho homicida do olhar de Champinha, muito menos revelar o nome e o prenome camuflados por quatro letras: RAAC.  Trata-se de Roberto Aparecido Alves Cardoso, lembrou neste domingo o programa Fantástico, da TV Globo, que exibiu imagens do meliante que, aos 26 anos, é um dos internos do Unidade Experimental de Saúde (UES),  criada pelo governo de São Paulo.
“Existe o menor infrator e existe uma minoria que é irrecuperável”, pondera o advogado Ari Friedenbach, que hoje prossegue na Câmara Municipal de São Paulo a luta para mudar a legislação absurdamente branda com marginais prematuros. “Não seria exagero chamá-lo de besta, no sentido demoníaco da palavra”, afirmou o pai de Liana na conversa com o site de VEJA republicada na seção Entrevista. Dele discordam dirigentes de entidades que tentam libertar Champinha desde que completou o limite de três anos de internação na Fundação Casa, antiga Febem.
Esse atentado à sensatez poderá consumar-se ainda neste mês, avisou a reportagem do Fantástico. Basta que a Justiça considere procedente uma ação civil, protocolada em abril passado por uma ramificação paulista do Ministério Público Federal, que pede a extinção da UES, que mantêm distantes da sociedade alguns maiores de 18 anos que cometeram crimes considerados graves e já superaram o tempo máximo de permanência na Casa, mas continuam com o direito de ir e vir interditado por laudos médicos desfavoráveis. Roberto Aparecido Alves Cardoso é um deles.
“Os jovens deveriam ser tratados em instituições de saúde adequadas, segundo os preceitos que norteiam o tratamento de suas moléstias e não em uma instituição que se encontra num ‘limbo jurídico’”, alega a ação subscrita pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão de São Paulo, pelo Conectas Direitos Humanos, pela Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente, pelo Instituto de Defesa dos Direitos de Defesa e pelo Conselho Regional de Psicologia da 6ª Região.
Pedro Antônio de Oliveira Machado, procurador regional dos Direitos do Cidadão, qualifica de “medieval” o tratamento dispensado aos jovens bandidos. Segundo o procurador, a UES não pode ser considerada penitenciária, nem colônia agrícola, industrial ou similar, nem cadeia pública, hospital de custódia e tratamento ou qualquer outra modalidade de estabelecimento penal. “Os jovens ali internados não estão cumprindo pena decorrente de processo crime”, afirma num trecho da ação.
“O local também não pode ser considerado um hospital, porque não possui projeto terapêutico para tratamento dos jovens internos e os prontuários médicos não são acessíveis aos jovens e seus familiares”, prossegue o arrazoado. Embora admita que os reclusos da UES ─ “em caso de necessidade” ─ sejam transferidos para “estabelecimentos inscritos no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, como Centros de Atenção Psicossocial III (leitos em internação) e hospitais gerais”, o procurador prefere devolver às ruas Champinha e seus colegas.
“Após o término do período improrrogável de três anos de internação na Fundação Casa, ou ao completar 21 anos, com o esgotamento da competência da Justiça da Infância, deveriam ser postos em liberdade”, argumenta. “Além de estarem sendo responsabilizados duas vezes pela prática do mesmo ato, a internação compulsória na UES se dá por tempo indeterminado, como se perpétua fosse”. Vários exames feitos nos últimos anos concluíram que Champinha continua tão cruel e perigoso quanto se mostrou naquele novembro de 2003. Mas nada disso parece impressionar o primeiro a assinar a ação.
Caso seja libertado, Roberto Aparecido Alves Cardoso poderia prestar serviços a Oliveira Machado como motorista particular. A coluna se dispõe a bancar-lhe o salário. E topa pagar o dobro se o patrão entregar a Champinha a missão de transportar, entre a casa e a escola, as crianças da família.

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