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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Goleiro Bruno assina com Montes Claros FC

Bruno goleiro (Foto: Agência Estado)Bruno pode voltar aos campos jogando pelo Montes Claros FC (Foto: Agência Estado)

Advogado diz que ex-atleta do Flamengo tem condições de atuar mesmo com a prisão em regime fechado: 'Ele ficou muito emocionado com a possibilidade de voltar'

Por Montes Claros, MG
O goleiro Bruno assinou na manhã desta sexta-feira, 28, um contrato de cinco anos - até o dia 27 de fevereiro de 2019 - com o Montes Claros FC, equipe que disputa o Módulo II do Campeonato Mineiro. O contrato foi levado pelo advogado de Bruno à Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde o jogador está preso desde julho de 2010. Ele foi condenado a 22 anos e três meses de reclusão pelo desaparecimento e assassinato da sua ex-amante Eliza Samudio.
Segundo o advogado Francisco Simim, um médico avaliou as condições físicas do atleta e disse que ele está bem, com saúde perfeita. O próximo passo é pegar um ofício da Justiça de Contagem e encaminhar para Montes Claros.
- Nosso projeto é que ele possa recuperar a forma física e esteja apto a jogar. Neste Campeonato Mineiro, eu não sei. O prazo para a inscrição de atletas na segunda divisão da competição termina nesta sexta-feira. Bruno ficou muito emocionado com a possibilidade de poder voltar ao mundo do futebol. Ele está muito empolgado - afirmou Simim.

O advogado disse ainda que, mesmo em regime fechado, o jogador poderá trabalhar fora da prisão. O contrato já foi registrado na Federação Mineira de Futebol e, na tarde desta sexta, apareceu no BID da CBF.
- A lei concede o benefício do trabalho mesmo em regime fechado, desde que ele esteja escoltado. Então poderia sair para treinar e voltar - disse ao G1.
O presidente do Montes Claros, Vile Mocellin diz que o objetivo do clube é inscrever o goleiro na Federação Mineira de Futebol (FM) ainda nesta sexta-feira, pois, no mesmo dia, termina o prazo para a inscrição de atletas para a segunda fase do Campeonato Mineiro do Módulo II.
Contrato Bruno (Foto: Diogo Finelli)Contrato do goleiro Bruno com o Montes Claros (Foto: Diogo Finelli)
Atualmente, o  Montes Claros é o líder da chave B do Módulo II (que equivale à segunda divisão) e já garantiu a classificação para o Hexagonal final da competição. Porém, Bruno somente poderá retornar aos gramados após a liberação da Justiça, que também terá que autorizar a sua transferência para o Presídio Regional de Montes Claros, para que ele possa atuar pelo “Bicho”.
Segundo Vile Mocellin, a intenção do clube é contribuir com a recuperação “da pessoa humana” de Bruno. O contrato a ser assinado com o goleiro terá vigência de cinco anos, inicialmente, com salário fixado em R$1.430,00 mensais e uma multa rescisória de R$ 2,86 milhões.
Condenação 'tira' goleiro Bruno do Boa Esporte. (Foto: Renata Caldeira / TJMG)Em março de 2013, Bruno foi condenado a 22 anos de prisão (Foto: Renata Caldeira / TJMG)
O pedido de transferência de Bruno para o Presídio de Montes Claros foi apresentado pela defesa dele à Vara de Execuções Criminais de Contagem, no final de janeiro. A transferência depende ainda de decisão do juiz da Vara de Execuções Criminais de Montes Claros, Francisco Lacerda de Figueiredo.

Este é o segundo requerido pela defesa de Bruno. Uma primeira requisição foi feita para a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) de Nova Lima (MG), mas o juiz da Vara Criminal e da Infância e Juventude de Nova Lima, Juarez Morais de Azevedo, indeferiu o pedido no dia 3 deste mês. Uma falta grave verificada no atestado carcerário está entre as questões levadas em consideração pelo magistrado, conforme o TJMG.
Entenda o caso

Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.

Em março de 2013, Bruno foi considerado culpado pelo homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado da jovem. A ex-mulher do atleta, Dayanne Rodrigues, foi julgada na mesma ocasião, mas foi inocentada pelo conselho de sentença. Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo de Bruno, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do atleta, já haviam sido condenados em novembro de 2012.

O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi condenado a 22 anos de prisão. O último júri do caso foi realizado em agosto e condenou Elenilson da Silva e Wemerson Marques – o Coxinha – por sequestro e cárcere privado do filho da ex-amante do goleiro. Elenilson foi condenado a 3 anos em regime aberto e Wemerson a dois anos e meio também em regime aberto.

Assaltante que roubou carro de agente penitenciário é morto por policial civil

O carro roubado apresentou defeito. O assaltante tentou uma segunda investida, querendo roubar outro carro, mas abordou dois investigadores da Polícia Civil
Luana Cruz
http://www.em.com.br


Um assaltante, que levou o carro de um agente penitenciário e tentou roubar o veículo de um investigador da Polícia Civil, morreu baleado pelo policial na noite de quinta-feira em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O policial conseguiu reagir à abordagem porque um dos tiros efetuados pelo suspeito João Batista Neto, de 21 anos, mascou.

João Batista roubou o carro do agente junto com um comparsa. Na fuga, o veículo apresentou defeito e os dois pararam na esquina das ruas Austrália e Constantinopla, no Bairro Parque Recreio. Os ladrões perceberam a presença de outro carro e partiram para a segunda investida, pois o primeiro veículo não ligava.

No entanto, os assaltantes não contavam que as vítimas do segundo assalto seriam policiais civis. Os dois investigadores estavam saindo de uma delegacia, quando João e o comparsa anunciaram o assalto. Quando percebeu que as vítimas eram policiais, João atirou duas vezes. Um disparo foi efetuado com sucesso e não acertou ninguém. O outro tiro mascou, momento em que um dos investigadores aproveitou para reagir e atirar em João. Ele morreu no local dos disparos.
O comparsa de João conseguiu fugir. O caso foi registrado na Delegacia de Plantão de Contagem e será investigado pelo delegado Flávio Grossi. A arma do investigador que atirou em João está apreendida, mas ele não foi preso. Os dois investigadores já prestaram esclarecimentos na delegacia, informalmente, e o agente penitenciário também já falou sobre o roubo. Ele reconheceu João como autor do assalto

suspeitos de atentado contra agente penitenciário em Santa Luzia está preso

Polícia prende suspeitos de atentado contra agente penitenciário em Santa Luzia 
  A Operação Ceresp Folia terminou com nove pessoas capturadas, entre eles dois menores. Todos estão evolvidos em homicídios, latrocínios e atentados contra a vida em Santa Luzia. 
Um dos crimes é o atentado contra o agente penitenciário Marcelo de Almeida Costa
A Polícia Civil prendeu capturou na manhã desta quinta-feira nove evolvidos em homicídios, latrocínios e atentados contra a vida em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Operação Ceresp Folia foi montada para o cumprimento de 10 mandados de prisão, busca e apreensão. Entre os presos estão três suspeitos de tentar matar um agente penitenciário, por isso o nome da operação em alusão ao local de trabalho do servidor baleado. Segundo o delegado Christiano Xavier, a ação especial também tenta garantir mais segurança para a população da cidade durante o carnaval.
Segundo a polícia, os envolvidos no atentado contra o agente Marcelo de Almeida Costa, 36 anos, são: Gilberto Rocha de Melo, 28, Alessander Henrique da Silva, 22, Athos Emanuel de Oliveira Silva, 21.  Gilberto ordenou que Alessander e Athos montassem uma emboscada para o agente, que foi atingido por cinco tiros no dia 11 de setembro de 2013. Marcelo sobreviveu, mas está aposentado por invalidez por causa das sequelas do atentado.

Da Guarda Penitenciária à Polícia Penal

 Reconhecimento depende do Congresso e Assembléia
 Publicado no Jornal OTEMPO
AGÍLIO MONTEIRO FILHO E AMAURI MEIRELES
Ouvidor geral adjunto do Estado de MG e coronel da reserva da PMMG
 Na década passada, já se ouvia que o sistema penitenciário brasileiro estava falido. Desinformados exageravam na retórica e o povo se sentia desprotegido com a violência sendo alimentada de dentro dos estabelecimentos penais. Já os técnicos de defesa social diziam que o sistema estava abandonado, desassistido. Antes, efeito da violência, o sistema transformava-se em causa.
Em 2003, o novo governo criou a Secretaria de Defesa Social, fusão da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos com a de Segurança Pública. Lá, a Subsecretaria de Administração Penal, parte específica da Execução Penal cometida ao Executivo, identificou expressivos aumentos e diversificação no espectro da tipificação e uma nefasta evolução da covardia e da organização no currículo de novos custodiados. Para enfrentar essa revigorada ameaça social, encontrou uma configuração anacrônica, com recursos humanos, logísticos e administrativos insuficientes, além de uma acentuada dissonância entre as rotinas e os procedimentos operacionais desejáveis e necessários.
Criaram-se a Superintendência de Coordenação da Guarda Penitenciária, a Diretoria de Inteligência Penitenciária e o Comando de Operações Penitenciárias Especiais (Cope), inspirado no Comando de Operações Táticas (COT) da Polícia Federal. Isso se deu em razão de pesquisas e assimilação do entendimento de a Administração Penal ter duas vertentes: a Guarda Prisional, que realiza a custódia, e um Corpo Técnico (advogados, médicos, dentistas, psicólogos, enfermeiros, educadores, assistentes sociais etc.), que cuida da ressocialização.
Para liberar-se a PMMG da custódia em estabelecimentos penais, agentes penitenciários foram treinados para isso, iniciando com a assunção da guarda externa das penitenciárias Nelson Hungria e José Maria Alckmin. Na seqüência, Dutra Ladeira, Centros de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresps) e as cadeias públicas, reformadas e com a denominação de presídios. A transferência do encargo para a Subsecretaria permitiu realocação de efetivos da PMMG em patrulhamento de logradouros e retorno de efetivo da Polícia Civil à atividade finalística de investigação. O aumento de unidades denominadas Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) foi um fato positivo.
A Guarda Penal - originariamente Guarda Penitenciária - tende a atuar à semelhança da U.S.Marshalls, agência federal dos Estados Unidos, realizando a segurança de tribunais, cumprimento de mandados de prisão, escolta de presos, recapturas, fiscalização de penas restritivas de direito.
A Guarda Penal mineira, via efetividade, desalojou a inércia que vigorava. No Congresso desde 2004, está a PEC 308, que busca o reconhecimento normativo da Polícia Penal. Alguns parlamentares estaduais, diante dessa demora, estão inclinados a reconhecer, via PEC estadual, que a Administração Penal, realizada com fundamento no poder de polícia penal, é a própria Polícia Penal.

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