Insatisfeitos por terem sido responsabilizados pela fuga de presos agentes penitenciários anunciam uma ofensiva contra o secretário de Defesa Social
A reação depois da fuga
Bleine Oliveira
Insatisfeitos por terem sido
responsabilizados pela fuga de presos do último sábado, 28, no presídio
Cyridião Durval, os agentes penitenciários anunciam uma ofensiva contra o
secretário de Defesa Social, Dário César Cavalcante, e os militares que
administram o sistema prisional.
Por meio do Sindicato dos Agentes
Penitenciários de Alagoas (Sindapen/AL) vão formalizar denúncia no
Ministério Público Estadual, acusando-os de contratarem a empresa
paulista Reviver, sem licitação.
A Reviver está administrando o
Presídio do Agreste, localizado no município de Girau do Ponciano, e,
segundo o presidente do Sindapen/AL, Jarbas Souza, recebe R$ 3.800 por
cada preso.
O dirigente sindical diz que o governo vai pagar cerca de R$ 2,8 milhões por essa gestão privada.
- O secretário precisa explicar esse contrato, cujo valor exige uma licitação que não foi feita! - afirma o presidente do Sindapen.
Recém inaugurado, o presídio dispõe de 780 vagas e já está praticamente lotado.
O Estado tem na Sgap 660 agentes penitenciários, 900 prestadores de serviço e 74 funcionários antigos.
Somados, esses números deveriam garantir 42 pessoas por plantão em cada uma das nove unidades prisionais.
- Por que ficam apenas seis ? – indaga o sindicalista, que não descarta novas fugas já que, segundo ele, a carência de pessoal é um dos grandes problemas dos presídios alagoanos.
Jarbas reclama que um terço dos
agentes concursados está fora da Superintendência de Administração
Penitenciária (Sgap), cedidos a outros órgãos.
Com essas informações, o sindicato
vai mostrar ao MP que “há uma ação orquestrada para justificar a
privatização da administração penitenciária”.
A entidade está mobilizando a
categoria e deve realizar assembleia nas primeiras semanas de janeiro
para definir estratégias de ação.
Na pauta, além da denúncia que levará ao MP, Jarbas Souza lista as seguintes reivindicações:
- Mudança na gestão da Sgap, fim do
projeto de privatização, retorno de funcionários cedidos a outros
órgãos, melhores condições de trabalho e concurso público imediato.
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Agente penitenciário é baleado na cabeça
http://www.diariodemarilia.com.br
O agente de segurança penitenciária Sebastião Rodrigues
Moura, 49, foi baleado na cabeça ao tentar impedir a fuga de três ladrões que
haviam acabado de assaltar uma joalheria em plena tarde, na região central da
cidade, no dia 14 de março. Os criminosos - um deles foi baleado de raspão -
foram presos. A vítima morreu no dia seguinte.
De acordo com informações da Polícia Militar, os bandidos
agiram por volta das 14h45 na Eduardo Joias, localizada no cruzamento das ruas
Paes Leme e Quatro de Abril. Armado com um revólver calibre 38, um homem
invadiu o estabelecimento e anunciou o assalto aos funcionários.
“Estava no balcão quando ele entrou e logo colocou a arma na
minha cabeça. Ficou fazendo ameaças de que ia me matar e também aos outros. Ele
passou para o nosso lado e nos obrigou a abrir o cofre. Pegou um saco preto e
começou a enchê-lo com tudo o que via, inclusive fez a gente tirar o que
usávamos”, relatou E.C., uma das funcionárias vítimas do assalto.
Ainda segundo a trabalhadora, toda a ação durou cerca de dez
minutos. Nas ameaças, o homem dizia que, se alguém reagisse, um comparsa dele,
que o aguardava do lado de fora, também entraria na joalheria e o ajudaria a
matar os reféns.
Já com o saco recheado de joias, o criminoso deixou o local,
no entanto foi surpreendido por Sebastião na esquina. “Eles ficaram cara a cara
e logo ouvi os tiros”, relata F.A., outro funcionário da joalheria. O agente,
segundo foi apurado, fazia o trabalho de segurança para algumas lojas da região
central.
Após uma breve encarada, Sebastião sacou a pistola calibre
380 que carregava na cintura, mas assim que disparou contra a barriga do
assaltante, também foi atingido por um tiro a queima-roupa na testa. Os dois
caíram. O agente de segurança, entretanto, ficou inconsciente.
Testemunhas acionaram a Polícia Militar e uma viatura que
patrulhava a região central chegou ao local menos de dois minutos depois. O
criminoso, identificado como Jonathan Camargo Grejo, ainda estava ao lado de
Sebastião quando foi preso. O tiro dado pelo agente atingiu sua coluna,
deixando-o paraplégico instantaneamente.
Sebastião agonizou na calçada por quase 15 minutos, quando a
primeira viatura do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou ao
local. Praticamente no mesmo minuto, a esposa dele chegou e, muito agitada,
precisou ser medicada.
Com perda da massa encefálica, Sebastião foi entubado e
levado às pressas para a sala de cirurgia do mesmo Hospital das Clínicas.
Segundo o médico-socorrista André Luis Caracio, o estado de saúde dele era
considerado gravíssimo. Seu óbito, no entanto, foi constatado quase 24h após o
ocorrido.
Além de Jonathan, também foram presos naquele mesmo dia
Julio César de Almeida, 39, e Roger Luiz Cardoso de Moura, 23. No início de
dezembro, os dois primeiros foram condenados a 26 anos e dez meses de reclusão
em regime fechado cada. Eles ainda tiveram negado o direito de recorrer em
liberdade. Já Roger foi absolvido por falta de provas.
Depoimentos sugerem farsa montada no vídeo de homem com perna dilacerada
O secretário de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), Sebastião Uchôa, rebateu, ontem, em entrevista exclusiva ao Jornal Pequeno,
as denúncias de um vídeo encaminhado ao Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), que exibe um suposto preso com a perna dilacerada, dentro do
Centro de Detenção Provisória (CDP), no Complexo Penitenciário de
Pedrinhas. Uchoa explicou que o vídeo, na verdade, é de uma vítima de
acidente de trânsito ocorrido em Manaus, e postado em março deste ano,
na internet.
Segundo
Sebastião Uchôa, no último dia 25 de dezembro, o vídeo teria sido
postado no perfil de uma rede social do agente penitenciário
identificado como Francisco Raimundo Sales, sob o título: “Preso tem a
perna dilacerada por outros detentos com uma faca. Minutos depois ele
foi morto! Cenas Fortes”.
Uchoa explicou que o material foi
entregue pelo Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do
Estado do Maranhão (Sindspem) ao juiz auxiliar da Presidência do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Douglas de Melo Martins, durante a
inspeção nos estabelecimentos prisionais do Maranhão, dias atrás, sendo
incluído em seu relatório e encaminhado ao ministro Joaquim Barbosa,
presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal. “O relator afirmou no
laudo produzido que a extrema violência é a marca principal das facções
que dominam o sistema prisional maranhense, e descreveu que o vídeo
exibia um preso vivo, com a pele do membro inferior dissecada, expondo
músculos, tendões, vasos e ossos. E finalizou que tudo isso ocorreu
antes do detento ser morto nas dependências do Complexo Penitenciário de
Pedrinhas, fato este que nunca ocorreu”, garantiu o secretário.
De
acordo com o titular da Sejap, o relatório apresenta ainda vários
pontos frágeis, que não correspondem à realidade vivenciada no sistema
penitenciário do Maranhão, como visitas íntimas coletivas, facilidade de
abuso sexual praticado contra as companheiras dos presos e mortes
cometidas em decorrências de desentendimentos nos momentos em que
ocorriam as relações sexuais em ambientes compartilhados.
Sebastião
Uchôa informou que após a ciência do relatório encaminhado ao CNJ, a
Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária iniciou as
investigações sobre a origem do vídeo e por meio de depoimentos e provas
contundentes descobriu que as imagens são de um acidente de trânsito
ocorrido em Manaus. “O agente penitenciário disse que recebeu o vídeo de
um funcionário da empresa Atlântica, e que o mesmo teria repassado o
material para vários celulares. Ele frisou em seu depoimento que não
tinha certeza se o vídeo teria sido gravado dentro do CDP de Pedrinhas
ou dentro do Sistema Penitenciário do estado”, declarou.
Posição da diretora
– Durante as investigações, a Corregedoria do Sistema Penitenciário
ouviu também a diretora do Centro de Detenção Provisória, Josiane de
Oliveira Furtado. Ela afirmou que o último incidente dentro da unidade
foi no dia 17 de dezembro, quando quatro internos foram mortos, sendo
três decapitados. Pontuou, ainda, que nunca houve omissão de socorro a
internos feridos no Complexo Penitenciário, e que em caso de morte a
Polícia Civil e o Instituto Médico Legal (IML) são acionados
imediatamente.
Enfermeira viu o vídeo – A
enfermeira Francisca Anaysa Silva dos Santos, que trabalha na ambulância
do Sistema Penitenciário, também foi ouvida e declarou que no mês de
novembro uma amiga teria lhe mostrado o vídeo, no qual um homem aparecia
com a perna dilacerada. No entanto, garantiu, tratava-se de um acidente
de trânsito envolvendo uma moto e um ônibus, em outro estado. Ela
afirmou que não teve conhecimento de nenhuma ocorrência dessa natureza
dentro do Complexo.
Para Sebastião Uchôa, a denúncia feita pelo
Sindspem ao juiz auxiliar da Presidência do CNJ, Douglas de Melo
Martins, foi de natureza irresponsável e teve apenas o intuito de
induzir o magistrado ao erro, maculando o trabalho da Sejap e do governo
do Estado. Ele explicou que o atual vice-presidente do Sindspem, Cezar
Castro Lopes, conhecido como Cezar Bombeiro, foi condenado em 2011 por
denunciação caluniosa contra a sua pessoa. “Acredito que seja uma forma
de revide pela ação que ele responde, mas que, apesar de ter sido
condenado, recorreu e até hoje não houve um novo julgamento, e isso
acaba gerando a sensação de impunidade na cabeça da pessoa. Porém,
conseguimos derrubar toda a farsa montada contra o nosso trabalho frente
ao Sistema Penitenciário. Conseguimos identificar ainda o site onde o
vídeo de fato foi publicado, chamado de “Isso é Bizarro”, e lá tem toda a
descrição do acidente de trânsito. Após coletar as declarações dos
servidores e juntar as provas contundentes produzidas pela investigação,
encaminhamos o processo à Casa Civil do governo do Estado e à
Secretaria de Segurança Pública (SSP-MA), a fim de apurar as
responsabilidades que o caso requer. E esperamos também um
posicionamento do CNJ”, concluiu o secretário Uchoa.
Flagrados uma pistola calibre PT 380 e celulares dentro de presídio
Flagrados com arma e celulares dentro de presídio em Manaus
Portal do Holanda
Desarticulado plano de rebelião para noite de Ano Novo
Dois detentos marcados para morrer já teriam sido transferidos.
Rebelião aconteceria simultaneamente no CDP e Presídio São Luís II.
O Batalhão de Choque da Polícia Militar, que ocupa o Presídio de Pedrinhas, em São Luís,
desde a última sexta-feira (27), desarticulou um plano de rebelião que
seria executado no fim da tarde desta terça-feira (31), véspera de Ano
Novo, segundo informações da Rádio Mirante AM.
De acordo com as informações veiculadas na manhã desta terça-feira
(31), no programa Ponto Final, após vistoria, os PMs descobriram que os
detentos pretendiam fazer a rebelião ao mesmo tempo no Centro de
Detenção Provisória (CDP) e no Presídio São Luís II. Dois detentos, que
estavam marcados para morrer, já teriam sido transferidos.
O comandante do Batalhão de Choque, Raimundo Sá, coordena a ação no
local. O canil da PM também foi acionado e vistoria as casas
penitenciárias do complexo em busca de mais armas e drogas.
TIRANDO DÚVIDAS SOBRE APOSENTADORIA
De acordo com a Constituição Federal em seu artigo 40, § 1º,
existem três modalidades de aposentadorias para os servidores estatutários:
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas
autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter
contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos
servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de
que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir
dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17:
I - por invalidez permanente, sendo os proventos
proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em
serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na
forma da lei;
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com
proventos proporcionais ao tempo de contribuição;
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de
dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo
em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições:
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição,
se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se
mulher;
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos
de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
Ainda existe uma modalidade que merece destaque que é a
Aposentadoria Especial:
Aposentadoria Especial é o benefício concedido ao segurado
que tenha trabalhado em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física.
Para ter direito à aposentadoria especial, além do tempo
trabalhado, deverá ser comprovada a efetiva exposição a agentes nocivos
químicos, físicos ou biológicos ou associação desses agentes prejudiciais à
saúde ou à integridade física pelo período exigido para a concessão do
benefício (15, 20 ou 25 anos).
A comprovação é feita no formulário denominado Perfil
Profissiográfico Previdenciário (PPP), que é preenchido pela empresa
empregadora com base em Laudo Técnico de Ambientais de Trabalho (LTCAT),
expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.
Caso o trabalhador tenha exercido, por um curto período,
atividade em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física, o tempo
poderá ser convertido, de especial em comum, para concessão de aposentadoria
por idade ou por tempo de contribuição.
(Texto extraído do folder da Previdência Social)